Em 2005 números oficiais davam conta de que o mercado de telefonia celular no mundo era dominado em 80% pela tecnologia GSM. No Brasil desde Novembro de 2004 o GSM superou o CDMA. Isto também se deve ao fato de, no Brasil, apenas a Vivo ter optado pelo CDMA enquanto todas as outras seguiram para o GSM.

A tecnologia TDMA teve seu auge em maio de 2004 como mostra o quadro a seguir, após isso começou a decrescer, processo inevitável devido a transição das operadoras que optaram pelo GSM como evolução de suas redes. Embora apenas alguns poucos terminais TDMA continuem sendo comercializados, a tecnologia ainda representa mais de 11 milhões de clientes, principalmente de áreas menos populosas e mais afastadas dos grandes centros.

Obviamente é necessário salientar que o sucesso de uma tecnologia depende de sua escala e o crescimento das próprias operadoras que optam por ela. Os principais mercados CDMA estão na Ásia, América do Norte e uma parcela da América Latina, enquanto o GSM domina toda a Europa e disseminado por todo o resto do mundo.

Celulares e suas Tecnologias
Atualmente no mercado nacional os fabricantes de terminais estão distribuídos, segundo tecnologia, da seguinte forma:

Estes fabricantes devem submeter os aparelhos a aprovação da Anatel, esta irá homologar eles para comercialização no Brasil estando de acordo com alguns critérios estabelecidos por ela, entre eles, o nível de SAR. SAR é a taxa de absorção de energia por tecidos do corpo, em watt por quilograma (W/kg). A SAR é a medida dosimétrica que tem sido amplamente adotada em radiofrequências superiores a 100 KHz e representa o nível seguro para uso abaixo de 2,0.

2005 foi o ano em que os fabricantes despejaram maior quantidade e variedade de modelos no mercado nacional, ao todo foram 151 modelos sendo a grande maioria GSM e habilitados para operar em redes de 900 e 1800 MHz:

Indiscutivelmente o GSM foi a tecnologia escolhida pelos brasileiros, devido a sua possibilidade de roaming nacional, maior cobertura, preços e aparelhos mais atrativos e a praticidade oferecida pelo chip (SIM Card).

A Vivo, como medida estratégica para tentar defender seu market share, já está finalizando sua rede GSM para ter condições de voltar a brigar no mercado. Algumas medidas como redução das tarifas, mensalidade dos planos e até preço de serviços já foram tomadas, estas medidas devem se tornar mais agressivas com a entrada do portfólio de planos e serviços para clientes GSM.

Outro ponto que tornou a tecnologia CDMA de certa forma inviável aqui no Brasil foi o nível do subsídio que a Vivo paga pelos aparelhos, como são produzidos em uma escala bem menor do que o GSM o custo para fabricação e distribuição acaba sendo bem maior, e para não ter que repassar este valor ao cliente a operadora acaba custeando grande parte dele.

A escala de adoção de uma tecnologia explica o fato de termos muito mais opções de aparelhos para a tecnologia GSM, como mostraram o quadro e o gráfico acima. Levando em conta que o celular hoje é praticamente imprescindível para uma pessoa e está agregando cada vez mais funcionalidades que substituem outros devices (como câmera e MP3 player) a variedade de aparelhos se torna um diferencial fundamental para a aquisição de novos clientes.

A empresa Kyocera que até pouco tempo atrás fabricava terminais exclusivamente para tecnologia CDMA passou a produzir celulares GSM. Em contrapartida alguns fabricantes de peso, como a SonyEricsson, atualmente só fabricam celulares GSM e a Nokia, líder mundial em celulares, já anunciou que irá suspender sua fabricação de terminais CDMA.

Desta forma fica cada vez mais evidente que o futuro do padrão CDMA no Brasil está comprometido, não se sabe ao certo o destino que a Vivo irá dar para sua já consolidada rede e nem se irá investir em ações para migração de seus clientes, resta esperar o anúncio de sua nova rede GSM e o novo posicionamento da empresa no mercado nacional.

Fonte: Ucel